«É vergonhoso! É escabroso! É sacrílego!
Urge que as comissões de festas tomem medidas. Urge que os oárocos o impeçam. É imperioso que os bispos o proíbam e exijam. As festas religiosas - religiosas insisto - em honra do Senhor, de Nossa Senhora e dos Santos estão poluídas por uma música pimba, grosseira, ultrajante, de rés-do-chão, ofensiva da mais elementar sanidade mental, com um vocabulário prostituído, de sarjeta, eda mais baixa condição. Essas músicas intervalam as devoçãoes religiosas, antecedem e sucedem o Terço, a Eucaristia e as procissões.
Por favor, retirem já essa música! Criem um ambiente de ar puro e deixem de ultrajar o que nos resta de sagrado. Já! Urgentemente!»
In: O Jornal de Vieira, nº 838 de 15 de Setembro de 2008
«5- A programação de qualquer festa religiosa, seja na Igreja paroquial seja numa capela ou santuário, promovida quer por uma Comissão ou Mordomia, quer por uma Confraria ou Irmandade, deve ser feita em comunhão com o Pároco que, como primeiro e principal responsável por qualquer festa religiosa, deve ser sempre o elo de unidade e comunhão. Evite-se o esbanjamento de verbas em programas festivos com número exagerado de conjuntos, bandas, etc. tantas vezes em duplicado e amontoados, sem grande espaço no local e tempo para actuarem. Convidar por bairrismo, espírito de vaidade e de competição e porque se tem dinheiro, não deve ser o critério a utilizar. Satisfazer, com a programação feita, uma só camada etária da comunidade esquecendo a maioria do povo; gastar irresponsavelmente em festas estrondosas as esmolas dos fiéis, quando se sente a falta do mínimo de estruturas para um trabalho pastoral eficiente, ou há carências notórias nas populações; esquecer o espírito cristão e as dificuldades económicas gerais em que se vive, não é bom nem justo.»
In: Orientações pastorais sobre festas religiosas
Braga, 4 de Janeiro de 2004, Festa da Epifania do Senhor.
Orientações pastorais sobre festas religiosas
(...)
Cada paróquia, nas suas várias instâncias de participação e corresponsabilidade, dever-se-á sentir na necessidade de reflectir, com sentido crítico e em esforço pedagógico, sobre as festas religiosas que promove, o que haverá nelas de menos bom ou abusivo, porque é que isso acontece e como proceder para que se conformem com o verdadeiro sentido cristão, a solidariedade social, a diversão sadia e a promoção cultural da comunidade.
Arquidiocese de Braga
Departamento Arquidiocesano de Catequese
Secretariado Arquidiocesano de Pastoral Litúrgica
Igreja
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
Arciprestado de Vieira do Minho